quarta-feira, 3 de julho de 2013

“PARÁGRAFOS LEONOR”
de MÁRIO C. BRUM

Menina, mulher, canção da própria vida




Os olhos são pérola, castanhos e redondos. O nariz gravita por cima de lábios cor de vinho que servem de caminho para uma boca de dentes, espaçados, tingidos pelo branco. As orelhas completam um rosto que se reveste pelo desalinho de cabelos castanhos, escurecidos.

Assim, em traços largos, Mário C. Brum (pseudónimo literário do jornalista alfacinha Pedro Luís Vieira) descreve a sua, e também nossa, Leonor, personagem que preenche e dá vida a “Parágrafos Leonor”, a sua segunda experiência literária; um livro que, segundo o autor, relata episódios da vivência de uma menina natural do Alentejo que rumou a Coimbra para se formar enquanto estudante, mas que tem Lisboa no imaginário.

Durante esta aventura, que se quer inesquecível, estamos perante o especial quotidiano de Leonor, que percorre um caminho pautado por doses surrealistas condimentado por um humor peculiar de tonalidades escuras.

Leonor ou Leonoroshkas, talvez neta de uma avó polaca e nascida num 10 de setembro, descreve emoções, percorre dúvidas e caminhos incertos, retrata a vida entre as cores e o preto e branco, brinca com as proporções da existência, apaixona-se e apaixona, revisita a literatura e poetas, confessa-se e procura um final feliz na Rua Alegria. Ao leitor cabe a tarefa de encontrar a saída do labirinto literário que extravasa as páginas desta obra.

A edição de “Parágrafos Leonor” está limitada a 72 exemplares, é uma responsabilidade da Associação Tentáculo e teve o privilégio de ser ilustrada por Sónia Oliveira.

In Rua de Baixo

Sem comentários:

Enviar um comentário