quinta-feira, 27 de junho de 2013

JOANA PEREIRA DA SILVA
Entrevista

«Eu gosto de escrever de tudo um pouco, peças, livros, argumentos de filmes ou guiões de sitcoms. Neste momento estou a começar um novo romance e a terminar uma peça.» Entrevista com a autora de “Quando a Chuva Parar”.



Um pequeno romance ou um grande poema. A dúvida fica depois de se ler “Quando a Chuva Parar”, o novo livro de Joana Pereira da Silva, que integra a coleção “Poucas Palavras, Grande Ficção”, responsabilidade da editora Guerra & Paz. Em 2002 abraçou e sonho da escrita e tem o desejo de fazer mais e melhor. Agora que o verão chegou e a chuva – esperemos – parou, aproveitámos a bonança para trocar algumas ideias com a autora.

“Quando a Chuva Parar” é o seu segundo romance. Quais as principais diferenças entre a sua mais recente obra e “SGPS, Sexys, Giras, Porreiras, Solteiras”, obra que data de 2006?

Talvez a maior diferença seja a maneira como está escrito, só existem diálogos, muito curtos e rápidos. Não há descrições. Ficamos a conhecer as personagens apenas através do que elas dizem.

O que a levou a fazer um livro como “Quando a Chuva Parar”? Estamos perante uma espécie de “Road Book” no feminino…

É engraçado chamar-lhe “road book”, foi o nome que me veio à cabeça quando o terminei. O primeiro título era “Porto – Lisboa”.

Os seus livros revelam uma visão particular do mundo feminino e remetem os leitores para um universo de certa forma ligado a conhecidas séries de televisão como “Donas de Casa Desesperadas” ou “O Sexo e a Cidade”. O seu público-alvo é o chamado “sexo forte”?

Não escrevo para um público-alvo, e se calhar devia fazê-lo. Essa preocupação não está na minha cabeça, mas admito que as mulheres gostem de ler os meus livros. Algumas confessam que se identificam com os temas que trato, no entanto fico contente quando sei que há muitos homens que também gostam de os ler, acham graça.

Apesar de ter abraçado a paixão pela escrita desde 2002, o que leva alguém que estudou História e dedicou parte da sua vida à publicidade e marketing a largar tudo e começar a escrever?

Desde pequena que tinha este sonho. O meu Pai escrevia muito bem e era um grande contador de histórias. Para nos entreter (somos sete irmãos) contava-nos histórias à mesa, enquanto comíamos. Dividia as histórias em 3 partes, como uma peça clássica. Os 3 actos eram: a sopa, o prato e a sobremesa. Acho que lhe devo o gosto por bons finais. Isto tudo para dizer que História tem a ver com “estórias” e Marketing tem a ver com “storytelling” de produtos. Acho que encontrei na escrita uma forma de usar a minha imaginação e criatividade.

É autora de uma peça de teatro, “O ABC da Mulher”, que teve honras de ser exibida num canal de televisão nacional. Gostaria de voltar a esse registo ou os livros são a sua grande prioridade no momento?

Eu gosto de escrever de tudo um pouco, peças, livros, argumentos de filmes ou guiões de sitcoms. Neste momento estou a começar um novo romance e a terminar uma peça. Fora os guiões que escrevo no dia-a-dia.

O seu livro foi um dos escolhidos para lançar a coleção “Poucas Palavras, Grande Ficção” da editora Guerra & Paz. O que significa para si integrar um projeto como este?

Fiquei muito contente. O projecto é muito original e espero que tenha sucesso. Para quem gosta muito de ler é bom que haja livros pequenos, de qualidade e a preço acessível a todas as bolsas.

Pegando no mote da referida coleção, como definia este seu livro em poucas palavras…

Em poucas palavras, recorro ao que disseram dois amigos, em quem confio: “Quando a Chuva Parar “ não é fácil de classificar, está algures entre um romance pequeno e um poema grande.

In Rua de Baixo

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